Tratamento de Queimaduras

Tratamento de Queimaduras
Tratamento de Queimaduras

Queimaduras são lesões em alguma parte do organismo (neste caso falaremos de queimadura de pele), podendo ser provocada por um dos seguintes agentes:

  • Calor;
  • Frio;
  • Eletricidade;
  • Produtos químicos;
  • Irradiação;
  • Atrito.

Queimadura por Calor

As Queimaduras Por Calor São As Mais Frequentes, Podendo Ser Causadas Por uma das Seguintes Situações:

Vapor

As queimaduras causadas por vapor normalmente não são muito profundas, uma vez que a transmissão do calor pelo ar quente é menor do que um líquido quente derramado sobre a pele, por exemplo, além do que normalmente o paciente que entra em contato com o vapor quente se defende imediatamente não se expondo ao agente por muito tempo. Normalmente as queimaduras causadas por vapor são de primeiro, no máximo de segundo grau.

Líquidos Quentes

Muito comum na cozinha, o derramamento de líquidos quentes sobre o corpo causa queimaduras de até segundo profundo ou terceiro grau, a depender da temperatura do liquido, de sua facilidade de retirada e do tempo de exposição. Por exemplo, uma queimadura com água quente deve ser menos profunda do que uma queimadura por mel quente, mesmo estando ambos na mesma temperatura.

Chama Direta

Ocorre quando uma pessoa se expõe diretamente ao fogo externo, por exemplo, no caso de uma explosão de um fogão caseiro, a chama queima por um período curto e as lesões são de menor monta do que quando o próprio corpo do paciente está em chamas.

Fogo

Nestes casos, o próprio corpo está em chamas, e as lesões são mais sérias do que nos casos de chama direta. O tempo de exposição ao agente causador da queimadura (álcool, gasolina, óleo, etc) é maior do que na chama direta e muitas vezes a queimadura chega facilmente a terceiro grau.

Contato

Da mesma forma que nos líquidos quentes, pode-se queimar ao entrar em contato com uma superfície quente, como uma chapa quente, ou até mesmo andar descalço em um asfalto quente, por exemplo. Um cuidado que os paramédicos tomam ao atender um acidente de trânsito é não deixar a vítima estendida no asfalto, pois pode haver queimadura profunda.

Queimadura Por Frio

As queimaduras por frio podem ser tão importantes quanto as por calor, a depender do tempo de exposição ao agente causador da lesão. A exposição da pele ao frio causa uma vasoconstrição, desviando o fluxo sanguíneo para os órgãos protegidos (cérebro e coração), diminuindo ainda mais a temperatura da pele e dos tecidos subjacentes. Isso causa um eritema inicial e, em seguida, início da destruição celular, podendo levar à necrose do tecido. Lesões completas causadas por frios extremos são denominadas em inglês de “frostbite”. Os indivíduos com maior susceptibilidade a lesão por frio são aqueles que fazem uso de betabloqueadores, com diabetes ou neuropatia periférica.

Queimadura por Eletricidade

As queimaduras por eletricidade têm uma característica peculiar: como nos ferimentos por projetil de arma de fogo, elas têm um ferimento de entrada e um de saída. Normalmente, essas queimaduras atingem espessura total da derme (terceiro grau), podendo o ferimento de saída ocorrer em qualquer parte do corpo, sobretudo nas proeminências ósseas. Importante ressaltar que na passagem da corrente elétrica pelo corpo, esta pode lesionar algumas fibras condutoras do coração e deve-se realizar um eletrocardiograma na vítima para investigar arritmia cardíaca decorrente da eletricidade.

Queimadura Por Produtos Químicos

As Queimaduras Por Produtos Químicos Podem Ser Por:
Ácidos

O mais comum é o ácido clorídrico (também conhecido por ácido muriático), muito usado na limpeza de pisos. O grau de lesão depende da concentração do ácido e do tempo de exposição. De um modo geral, as queimaduras por ácidos são mais superficiais do que as queimaduras por bases. Estas continuam queimando por um tempo mais prolongado e têm um poder maior de penetração nos tecidos.

Bases

Como mencionado acima, têm um poder maior de penetração em tecidos e são também de uso doméstico na forma de soda cáustica. As lesões mais comumente encontradas em pronto-socorro são lesões oculares por respigar soda cáustica nos olhos e lesões do esôfago por tentativa de suicídio, o que normalmente não mata, mas leva a uma estenose (estreitamento) do esôfago (tubo que vai da boca ao estômago).

Queimadura por Irradiação

As lesões mais comumente causadas por irradiação são pelo sol. Queimaduras por sol podem ser de primeiro ou segundo grau (com bolhas) e podem ser potencializadas por produtos químicos, como a folha de figo (utilizada erroneamente para bronzeamento), que contém uma substância denominada psoraleno, que ajuda a aumentar a queimadura. Outros exemplos de queimadura por irradiação são aquelas decorrentes de radioterapia, como no tratamento coadjuvante de câncer de mama. A pele vai adquirindo um aspecto fibrótico, com perda da elasticidade, esclerose de vasos sanguíneos e pode apresentar telangiectasias.

Queimadura por Atrito

As queimaduras por atrito podem ocorrer de diversas formas e são muito comuns em pessoas que caem de moto. O atrito causa calor, além de uma abrasão na pele, e o tratamento deve ser com agentes que penetram na pele e impedem a infecção, uma vez que esta atrasa a recuperação. O produto mais utilizado neste e em outros casos de queimadura é a sulfadiazina de prata a 1%.

Conceitos Básicos

Antes de mais nada, deve-se levar em conta que uma queimadura deve ser considerada um abscesso plano. Isso significa que se nada for feito, ela vai infectar. O microrganismo mais comum causador de infecção em queimaduras é a Pseudomonas sp. Assim, já no diagnóstico de queimaduras deve-se utilizar um produto que contenha prata, como a sulfadiazina de prata a 1%, a fim de se evitar a infecção e acelerar a recuperação.

Em uma queimadura, existem três condições em que uma célula se apresenta: ou a célula foi queimada, ou não foi, ou se encontra em uma zona de transição onde ela ainda vai decidir se foi queimada ou não. Dessa forma, se o tratamento da queimadura desde o estágio inicial for inadequado, essa camada de transição pode se transformar em zona queimada e aprofundar as lesões. A luta do cirurgião plástico que faz o primeiro atendimento nesses casos é justamente para evitar isso e superficializar a queimadura, diminuindo a lesão e suas sequelas.

Outros detalhes importantes no atendimento inicial é a de reposição volêmica e nutrição adequada. Uma queimadura sequestra muito líquido do organismo para a área queimada e para a periferia, e existem muitas fórmulas para cálculo dessa necessidade líquida, baseadas na superfície corporal queimada. O paciente queimado consome muita energia na tentativa de recuperação da queimadura, além do catabolismo que a área queimada apresenta. Dessa forma, a dieta deve ser hiperprotéica e hipercalórica (muita caloria e muita proteína). A manutenção de zonas expostas pela queimadura podem levar à persistência dessa condição de catabolismo e de maior necessidade de líquidos e alimentos, podendo o cirurgião optar por um enxerto precoce, se indicado, para acelerar a recuperação do doente. Tipos de Queimadura de acordo com a Profundidade.

Primeiro Grau

As queimaduras de primeiro grau têm como característica vermelhidão sem bolhas e dor intensa. Fazem parte desse grupo, normalmente, as queimaduras por sol e as por vapor. Lesam apenas a camada superficial da derme e sua recuperação é bastante rápida. Normalmente, não necessitam de sulfadiazina de prata a 1%, e deve-se apenas manter a pela bem hidratada e longe do sol, para evitar hiperpigmentação.

Segundo Grau Superficial

São queimaduras que têm como característica principal o fato de apresentarem bolhas (o que pode levar até 72 horas para ocorrer), porém recuperam por completo em atém 3 semanas. O prazo de recuperação difere da queimadura de segundo grau profundo, que demoram mais que três semanas. As bolhas devem ser rompidas para a adequada penetração da sulfadiazina de prata a 1%, permitindo uma rápida epitelização dos tecidos, evitando a mudança da zona de transição queimada para aprofundamento da lesão. São exemplo desse tipo de lesão, algumas queimaduras por líquidos quentes ou por contato de curta duração, como encostar em uma panela quente.

Segundo Grau Profundo

São lesões mais profundas (atingem derme profunda) que a anterior, ou causadas por agentes mais agressivos, como líquidos que ficaram por muito tempo em contato com a pele, ou devido a um tratamento inicial inadequado com consequente aprofundamento da queimadura. Também formam bolhas e são dolorosas, como as de segundo grau superficial e as de primeiro grau. Infecção em área queimada pode transformar queimadura de segundo grau superficial em queimadura de segundo grau profundo. O tratamento com sulfadiazina de prata a 1% pode levar a um tecido de granulação, que deve estar bom para enxertar após três semanas.

Terceiro Grau

Trata-se da queimadura mais profunda, que atinge toda a espessura da pele, chegando até a gordura, não forma bolhas e é indolor, pois a queimadura atingiu todas as terminações nervosas da pele. O tecido da pele se encontra totalmente desvitalizado e necessita de desbridamento para permitir uma granulação para posterior enxertia de pele. Queimadura por fogo, soda cáustica, líquidos muito quentes e eletricidade são algumas que podem chegar a apresentar terceiro grau. O aspecto da pele com queimadura de terceiro grau é facilmente identificado por sua cor nacarada (esbranquiçada), uma vez que os vasos sanguíneos do plexo subdérmico foram também queimados.

O Que é Tecido de Granulação?

Quando não há pele para cobrir os tecidos subjacentes, a área exposta para a desenvolver um tecido granuloso, avermelhado que aos poucos vai cobrindo toda a superfície cruenta, denominado tecido de granulação. Esse tecido é muito importante para a recuperação de uma queimadura, pois é bastante vascularizado e é um leito perfeito para um enxerto de pele. Fatores que impedem uma formação adequada do tecido de granulação incluem nutrição inadequada do paciente (a desnutrição retarda a formação do tecido de granulação), além de fatores locais, como osso exposto, que dificilmente permite a formação de tecido de granulação sobre ele. Para os casos de osso exposto, Dr. Cláudio Lemos prefere recobri-los com músculo e enxertar o músculo, que tem um leito muito mais vascularizado que o osso. Na hora do enxerto, a rotina do Dr. Cláudio Lemos é a mesma do Centro de Queimados do Hospital do Andaraí, no Rio de Janeiro, que consiste em raspar o tecido de granulação, afinando-o, permitindo um enxerto de melhor pega e mais estético.

Tratamento de Queimaduras na Fase Aguda

Logo quando ocorre uma queimadura, deve-se retirar o agente causador da queimadura, podendo lavar a área queimada com água fria (não muito fria), corrente, sem jato forte. Isso ajuda a resfriar a pele e a remover o agente causador. Não se deve aplicar nada que o médico tenha que retirar depois, pois pode dificultar o trabalho dos agentes de saúde, além de poder machucar o doente na retirada de substâncias, como pasta de dente e borra de café. Pomadas que contêm corticoide devem ser evitadas, pois o corticoide retarda a cicatrização e diminui a imunidade, favorecendo infecção.

No hospital, o paciente vai adequadamente ser avaliado e ter sua superfície corporal queimada quantificada, a fim de se estimar sua adequada hidratação e nutrição.

Costuma-se abrir as bolhas e aplicar a sulfadiazina de prata a 1% o quanto antes, para evitar infecção. O curativo com sulfadiazina de prata pode ser exposto ou fechado com gazes e atadura

Nos grandes queimados, utiliza-se um cateter vesical para controlar o volume de diurese (urina), a fim de se manter a hidratação adequada.

Nos grandes queimados, também, utilizamos uma solução denominada de “salgadão”, com NaCl a 3%, a fim de se hidratar melhor, diminuindo o volume total infundido.

Os curativos são trocados diariamente, uma a duas vezes por dia.

Deve-se esclarecer que mesmo quem tem alergia a sulfa não apresenta alergia à sulfadiazina de prata a 1%, uma vez que a alergia à sulfa refere-se ao sulfametoxazol, e não à sulfadiazina.

Os ferimentos que evoluírem para granulação são enxertados por volta da terceira semana.

Tratamento de Queimaduras na Fase Tardia

Após passada a fase inicial (primeiros trinta dias), o foco do tratamento de queimadura se volta para a prevenção e o tratamento de sequelas. Existem algumas formas de se evitarem sequelas de queimaduras, como, por exemplo: o uso de malhas compressivas para diminuir a formação de cicatrizes, o uso de placas de silicone, que afinam e melhoram cicatrizes altas, além de uso de corticóides e órteses para manterem membros em posição que evite a retração de algumas articulações.

Uma vez instaladas as sequelas, o tratamento de queimadura inicial é para a liberação dos movimentos articulares, como retrações de axilas, cotovelos, dedos, pescoço, entre outros, Para isso, o cirurgião plástico conta com diversos tipos de retalhos e enxertos que ajudam a restabelecer a função dos membros.

Para diminuir a superfície queimada residual, os expansores de pele são colocados debaixo da pele normal, afim de aumentar sua superfície, avançando-a sobre a superfície queimada, que é retirada aos poucos, ou até de uma vez, com uso de múltiplos expansores. Cada expansão exige um período de três meses, até o avanço dos retalhos, sendo que toda semana os expansores são preenchidos com soro fisiológico até um total de 100% a 120% de seu volume.

Tipos de Enxerto de Pele:

Espessura Total

Enxertos de pele de espessura total são os que mantêm mais as características da pele, são mais resistentes e sem dificuldade de hidratação, pois levam consigo as glândulas sebáceas. Entretanto, devem ser utilizados em áreas pequenas, devido à limitação de áreas doadoras. São exemplos de áreas doadoras de enxerto de pele espessura total: região atrás das orelhas, virilha e abdômen inferior. Devido ao fato de serem mais espessos que os de espessura parcial, a pega do enxerto de espessura total pode ser menor, exigindo técnica cirúrgica meticulosa para resultados excelentes. Por vezes, pode ser necessário curativo de Braun (compressivo) para pega adequada.

Espessura Parcial

São os enxertos de melhor pega, podendo ainda ser divididos em finos, médios e espessos. Quanto mais finos, a pele final tende a ficar de coloração diferente e mais ressecada, necessitando de hidratação complementar com cremes. Podem ser realizados em áreas maiores, e se forem retirados finos, áreas doadoras podem doar mais de uma vez. São exemplos de áreas doadoras de enxertos de espessura parcial: couro cabeludo, cocas, abdômen, dorso e nádegas.

Mesh Graft, ou Enxerto em Malha

Quando o paciente é um grande queimado e necessita de grandes coberturas, os enxertos podem ser expandidos com um aparelho denominado mesh graft, que pode aumentar a cobertura de um enxerto em até nove vezes. O resultado estético do mesh graft é inferior, pois fica um quadriculado visível, porém cumpre sua função principal de dar cobertura para áreas extensas, salvando a vida de muitos grandes queimados.

Úlceras de Pressão (Úlceras de Decúbito)

Pacientes acamados por muito tempo ou que não são submetidos a mudança de decúbito a cada três horas podem desenvolver úlceras de pressão, também denominadas úlceras de decúbito. São feridas que ocorrem inicialmente na pele e, após um tempo, podem se aprofundar atingindo as camadas profundas da gordura, chegando algumas vezes a causar isquemia muscular e necrose óssea. Alguns casos evoluem com infecção, o que dificulta seu tratamento pela cirurgia plástica.

Nos estágios iniciais, o tratamento pode ser realizado apenas com a mudança frequente de decúbito, evitando a região com sofrimento. Podem ser utilizados curativos especiais que ajudam a amenizar os sinais locais de isquemia. Colchões especiais de ar ou casca-de-ovo, além de almofadas de ar em cadeiras de rodas ajudam a distribuir o peso do paciente de uma maneira otimizada e ajudam na prevenção de lesões profundas.

Nos casos em que as lesões se aprofundam, a cirurgia plástica tem o papel de desbridamento, seguido de cobertura da proeminência óssea, com retalhos musculares, miocutâneos ou fácio-cutâneos. O cirurgião plástico pode ter que realizar um reavivamento do músculo e osso, retirando tecido muscular ou ósseo que estejam sem vida. Os lugares mais comuns de úlceras de pressão que necessitam de tratamento com cirurgia plástica são: úlceras trocantéricas, úlceras isquiádicas e úlceras sacrais.

Conceitos Básicos

Antes de mais nada, deve-se levar em conta que uma queimadura deve ser considerada um abscesso plano. Isso significa que se nada for feito, ela vai infectar. O microrganismo mais comum causador de infecção em queimaduras é a Pseudomonas sp. Assim, já no diagnóstico de queimaduras deve-se utilizar um produto que contenha prata, como a sulfadiazina de prata a 1%, a fim de se evitar a infecção e acelerar a recuperação.

Em uma queimadura, existem três condições em que uma célula se apresenta: ou a célula foi queimada, ou não foi, ou se encontra em uma zona de transição onde ela ainda vai decidir se foi queimada ou não. Dessa forma, se o tratamento de queimadura desde o estágio inicial for inadequado, essa camada de transição pode se transformar em zona queimada e aprofundar as lesões. A luta do cirurgião plástico que faz o primeiro atendimento nesses casos é justamente para evitar isso e superficializar a queimadura, diminuindo a lesão e suas sequelas.

Outros detalhes importantes no atendimento inicial é a de reposição volêmica e nutrição adequada. Uma queimadura sequestra muito líquido do organismo para a áera queimada e para a periferia, e existem muitas fórmulas para cálculo dessa necessidade líquida, baseadas na superfície corporal queimada. O paciente queimado consome muita energia na tentativa de recuperação da queimadura, além do catabolismo qe a área queimada apresenta. Dessa forma, a dieta deve ser hiperproteica e hipercalórica (muita caloria e muita proteína). A manutenção de zonas expostas pela queimadura podem levar à persistência dessa condição de catabolismo e de maior necessidade de líquidos e alimentos, podendo o cirurgião optar por um enxerto precoce, se indicado, para acelerar a recuperação do doente.

 

Tipos de Queimaduras de Acordo com a Profundidade:

Primeiro Grau

As queimaduras de primeiro grau têm como característica vermelhidão sem bolhas e dor intensa. Fazem parte desse grupo, normalmente, as queimaduras por sol e as por vapor. Lesam apenas a camada superficial da derme e sua recuperação é bastante rápida. Normalmente, não necessitam de sulfadiazina de prata a 1%, e deve-se apenas manter a pela bem hidratada e longe do sol, para evitar hiperpigmentação.

Segundo Grau Superficial

São queimaduras que têm como característica principal o fato de apresentarem bolhas (o que pode levar até 72 horas para ocorrer), porém recuperam por completo em atém 3 semanas. O prazo de recuperação difere da queimadura de segundo grau profundo, que demoram mais que três semanas. As bolhas devem ser rompidas para a adequada penetração da sulfadiazina de prata a 1%, permitindo uma rápida epitelização dos tecidos, evitando a mudança da zona de transição queimada para aprofundamento da lesão. São exemplo desse tipo de lesão, algumas queimaduras por líquidos quentes ou por contato de curta duração, como encostar em uma panela quente.

Segundo Grau Profundo

São lesões mais profundas (atingem derme profunda) que a anterior, ou causadas por agentes mais agressivos, como líquidos que ficaram por muito tempo em contato com a pele, ou devido a um tratamento para queimadura inicial inadequado com consequente aprofundamento da queimadura. Também formam bolhas e são dolorosas, como as de segundo grau superficial e as de primeiro grau. Infeção em área queimada pode transformar queimadura de segundo grau superficial em queimadura de segundo grau profundo. O tratamento para queimadura com sulfadiazina de prata a 1% pode levar a um tecido de granulação, que deve estar bom para enxertar após três semanas.

Terceiro Grau

Trata-se da queimadura mais profunda, que atinge toda a espessura da pele, chegando até a gordura, não forma bolhas e é indolor, pois a queimadura atingiu todas as terminações nervosas da pele. O tecido da pele se encontra totalmente desvitalizado e necessita de desbridamento para permitir uma granulação para posterior enxertia de pele. Queimadura por fogo, soda cáustica, líquidos muito quentes e eletricidade são algumas que podem chegar a apresentar terceiro grau. O aspecto da pele com queimadura de terceiro grau é facilmente identificado por sua cor nacarada (esbranquiçada), uma vez que os vasos sanguíneos do plexo subdérmico foram também queimados.

O que é Tecido de Granulação ?

Quando não há pele para cobrir os tecidos subjacentes, a área exposta para a desenvolver um tecido granuloso, avermelhado que aos poucos vai cobrindo toda a superfície cruenta, denominado tecido de granulação. Esse tecido é muito importante para a recuperação de uma queimadura, pois é bastante vascularizado e é um leito perfeito para um enxerto de pele. Fatores qe impedem uma formação adequada do tecido de granulação incluem nutrição inadequada do paciente (a desnutrição retarda a formação do tecido de granulação), além de fatores locais, como osso exposto, que dificilmente permite a formação de tecido de granulação sobre ele. Para os casos de osso exposto, Dr.Cláudio Lemos prefere recobri-los com músculo e enxertar o músculo, que tem um leito muito mais vascularizado que o osso. Na hora do enxerto, a rotina do Dr.Cláudio Lemos é a mesma do Centro de Queimados do Hospital do Andaraí, no Rio de Janeiro, que consiste em raaspar o tecido de granulação, afinando-o, permitindo um enxerto de melhor pega e mais estético.

Tratamento de Queimaduras na Fase Aguda

 

Logo quando ocorre uma queimadura, deve-se retirar o agente causador da queimadura, podendo lavar a área queimada com água fria (não muito fria), corrente, sem jato forte. Isso ajuda a resfriar a pele e a remover o agente causador. Não se deve aplicar nada que o médico tenha que retirar depois, pois pode dificultar o trabalho dos agentes de saúde, além de poder machucar o doente na retirada de substâncias, como pasta de dente e borra de café. Pomadas que contêm corticoide devem ser evitadas, pois o corticoide retarda a cicatrização e diminui a imunidade, favorecendo infecção.

No hospital, o paciente vai adequadamente ser avaliado e ter sua superfície corporal queimada quantificada, a fim de se estimar sua adequada hidratação e nutrição.

Costuma-se abrir as bolhas e aplicar a sulfadiazina de prata a 1% o quanto antes, para evitar infecção. O curativo com sulfadiazina de prata pode ser exposto ou fechado com gazes e atadura.

Nos grandes queimados, utiliza-se um catteter vesical para controlar o volume de diurese (urina), a fim de se manter a hidratação adequada.

Nos grandes queimados, também, utilizamos uma solução denominada de “salgadão”, com NaCl a 3%, a fim de se hidratar melhor, diminuindo o volume total infundido.

Os curativos são trocados diariamente, uma a duas vezes por dia.

Deve-se esclarecer que mesmo quem tem alergia a sulfa não apresenta alergia à sulfadiazina de prata a 1%, uma vez que a alergia à sulfa refere-se ao sulfametoxazol, e não à sulfadiazina.

Os ferimentos que evoluírem para granulação são enxertados por volta da terceira semana.

Tratamento de Queimaduras na Fase Tardia

Após passada a fase inicial (primeiros trinta dias), o foco do tratamento para queimadura se volta para a prevenção e o tratamento de sequelas. Existem algumas formas de se evitarem sequelas de queimaduras, como, por exemplo: o uso de malhas compressivas para diminuir a formação de cicatrizes, o uso de placas de silicone, que afinam e melhoram cicatrizes altas, além de uso de corticoides e órteses para manterem membros em posição que evite a retração de algumas articulações.

Uma vez instaladas as sequelas, o tratamento inicial é para a liberação dos movimentos articulares, como retrações de axilas, cotovelos, dedos, pescoço, entre outros. Para isso, o cirurgião plástico conta com diversos tipos de retalhos e enxertos que ajudam a restabelecer a função dos membros.

Para diminuir a superfície queimada residual, os expansores de pele são colocados debaixo da pele normal, a fim de aumentar sua superfície, avançando-a sobre a superfície queimada, que é retirada aos poucos, ou até de uma vez, com uso de múltiplos expansores. Cada expansão exige um período de três meses, até o avanço dos retalhos, sendo que toda semana os expansores são preenchidos com soro fisiológico até um total de 100% a 120% de seu volume.

Tipos de Enxerto de Pele

Espessura Total

Enxertos de pele de espessura total são os que mantêm mais as características da pele, são mais resistentes e sem dificuldade de hidratação, pois levam consigo as glândulas sebáceas. Entretanto, devem ser utilizados em áreas pequenas, devido à limitação de áreas doadoras. São exemplos de áreas doadoras de enxerto de pele espessura total: região atrás das orelhas, virilha e abdômen inferior. Devido ao fato de serem mais espessos que os de espessura parcial, a pega do enxerto de espessura total pode ser menor, exigindo técnica cirúrgica meticulosa para resultados excelentes. Por vezes, pode ser necessário curativo de Braun (compressivo) para pega adequada.

Espessura Parcial

São os enxertos de melhor pega, podendo ainda ser divididos em finos, médios e espessos. Quanto mais finos, a pele final tende a ficar de coloração diferente e mais ressecada, necessitando de hidratação complementar com cremes. Podem ser realizados em áreas maiores, e se forem retirados finos, áreas doadoras podem doar mais de uma vez. São exemplos de áreas doadoras de enxertos de espessura parcial: couro cabeludo, cocas, abdômen, dorso e nádegas.

Mesh Graft, ou Enxerto em Malha

Quando o paciente é um grande queimado e necessita de grandes coberturas, os enxertos podem ser expandidos com um aparelho denominado mesh graft, que pode aumentar a cobertura de um enxerto em até nove vezes. O resultado estético do mesh graft é inferior, pois fica um quadriculado visível, porém cumpre sua função principal de dar cobertura para áreas extensas, salvando a vida de muitos grandes queimados.

Úlceras de Pressão (Úlceras de Decúbito)

Pacientes acamados por muito tempo ou que não são submetidos a mudança de decúbito a cada três horas podem desenvolver úlceras de pressão, também denominadas úlceras de decúbito. São feridas que ocorrem inicialmente na pele e, após um tempo, podem se aprofundar atingindo as camadas profundas da gordura, chegando algumas vezes a causar isquemia muscular e necrose óssea. Alguns casos evoluem com infecção, o que dificulta seu tratamento pela cirurgia plástica.

Nos estágios iniciais, o tratamento pode ser realizado apenas com a mudança frequente de decúbito, evitando a região com sofrimento. Podem ser utilizados curativos especiais que ajudam a amenizar os sinais locais de isquemia. Colchões especiais de ar ou casca-de-ovo, além de almofadas de ar em cadeiras de rodas ajudam a distribuir o peso do paciente de uma maneira otimizada e ajudam na prevenção de lesões profundas.

Nos casos em que as lesões se aprofundam, a cirurgia plástica tem o papel de desbridamento, seguido de cobertura da proeminência óssea, com retalhos musculares, miocutâneos ou fácio-cutâneos. O cirurgião plástico pode ter que realizar um reavivamento do músculo e osso, retirando tecido muscular ou ósseo que estejam sem vida. Os lugares mais comuns de úlceras de pressão que necessitam de tratamento com cirurgia plástica são: úlceras trocantéricas, úlceras isquiádicas e úlceras sacrais.

Quanto Custa uma Cirurgia Plástica Para o Tratamento de Queimaduras?

O custo em relação a uma cirurgia plástica para o tratamento de queimaduras é uma das perguntas mais frequentes que recebemos na nossa página do site e através dos nossos telefones. É bem difícil encontrar também está resposta na internet, a não ser que um paciente revele, e mesmo assim, o valor varia de pessoa para a pessoa por diversos motivos. A prática de divulgação de valores de serviços é vetada pela lei. Segundo a RESOLUÇÃO 1.974/11 do CFM, 6. Proibições gerais – XIV: (…) é vedado ao médico: divulgar preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento/parcelamento ou eventuais concessões de descontos como forma de estabelecer diferencial na qualidade dos serviços.

Em relação ao valor variar de pessoa para pessoa e de clínica para clínica, conforme a RESOLUÇÃO CFM Nº 1.836/2008, Art. 3º: Cabe ao médico, após os procedimentos de diagnóstico e indicação terapêutica, estabelecer o valor e modo de cobrança de seus honorários, observando o contido no Código de Ética Médica, referente à remuneração profissional. A clínica e o cirurgião plástico não vendem um produto e sim um serviço, e esse serviço é personalizado, cada paciente vai ter a sua particularidade, um diferente resultado, uma complicação de saúde que merece atenção redobrada, uma expectativa e até mesmo métodos diferentes para o mesmo procedimento em outra pessoa, por exemplo.

Parece simples, mas o valor da cirurgia plástica para o tratamento de queimaduras não é tabelado. Depende de uma série de fatores e para o cirurgião poder avaliar todos esses fatores, ele necessita, invariavelmente, de uma consulta. Além dos honorários médicos, outros custos estão envolvidos, como honorários do anestesista, instrumentador (a), cirurgião auxiliar, custos da clínica/hospital (que podem variar dependendo do material utilizado; se o paciente precisa passar a noite, ou se precisa uma diária extra, eventualmente), valor da prótese entre outras necessidades do procedimento. A decisão de submeter-se a uma cirurgia plástica deve ser bem pensada. A economia em alguns casos pode significar um problema muito grande no futuro, por isso é importante ter certeza e investir em um bom profissional.

Quanto Custa o Tratamento de Queimaduras?

O custo em relação ao Tratamento de Queimaduras é uma das perguntas mais frequentes que recebemos na nossa página do site e através dos nossos telefones. É bem difícil encontrar também esta resposta na internet, a não ser que um paciente revele, e mesmo assim, o valor varia de pessoa para a pessoa por diversos motivos. A prática de divulgação de valores de serviços é vetada pela lei. Segundo a RESOLUÇÃO 1.974/11 do CFM, 6. Proibições gerais – XIV: (…) é vedado ao médico: divulgar preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento/parcelamento ou eventuais concessões de descontos como forma de estabelecer diferencial na qualidade dos serviços.

Em relação ao valor variar de pessoa para pessoa e de clínica para clínica, conforme a RESOLUÇÃO CFM Nº 1.836/2008, Art. 3º: Cabe ao médico, após os procedimentos de diagnóstico e indicação terapêutica, estabelecer o valor e modo de cobrança de seus honorários, observando o contido no Código de Ética Médica, referente à remuneração profissional. A clínica e o cirurgião plástico não vendem um produto e sim um serviço, e esse serviço é personalizado, cada paciente vai ter a sua particularidade, um diferente resultado, uma complicação de saúde que merece atenção redobrada, uma expectativa e até mesmo métodos diferentes para o mesmo procedimento em outra pessoa, por exemplo.

Parece simples, mas o valor deste procedimento não é tabelado. Depende de uma série de fatores e para o cirurgião poder avaliar todos esses fatores, ele necessita, invariavelmente, de uma consulta. Além dos honorários médicos, outros custos estão envolvidos, como honorários do anestesista, instrumentador (a), cirurgião auxiliar, custos da clínica/hospital (que podem variar dependendo do material utilizado; se o paciente precisa passar a noite, ou se precisa uma diária extra, eventualmente), valor da prótese entre outras necessidades do procedimento. A decisão de submeter-se a uma cirurgia plástica deve ser bem pensada. A economia em alguns casos pode significar um problema muito grande no futuro, por isso é importante ter certeza e investir em um bom profissional.

Mais Informações no Vídeo:

Video explicativo sobre a cola cirúrgica que Dr.Cláudio Lemos utiliza no procedimento.

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